terça-feira, 3 de julho de 2012

Investimentos do Pronaf fortalecem a cadeia produtiva da pesca artesanal


O trabalho de extensão rural e pesqueira executado pela Epagri de Balneário Barra do Sul resultou em muitos avanços na atividade pesqueira artesanal. Segundo José Eduardo Calcinoni, técnico responsável pelo escritório municipal, o trabalho de extensão dos últimos 10 anos pode-se dividir em três etapas, sendo que, todas elas se cruzam e se fortalecem:

  • Etapa 1: Melhoria da infraestrutra da pesca artesanal através dos investimentos do Pronaf.

Com a inclusão da pesca artesanal no Pronaf, apartir de 2003, e a criação da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), hoje Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a atividade começou a receber investimentos e a se fortalecer. Dentre os itens financiados pelo Pronaf destacam-se a aquisição, construção e reforma de embarcações, aquisição de motores marítimos de centro, equipamentos e petrechos de pesca, freezers, câmaras-fria, equipamentos para beneficiamento de pescados e veículos utilitários.

Hoje são mais de 250 projetos elaborados e aprovados pelo escritório municipal da Epagri, somando mais de R$ 4 milhões de investimentos na pesca artesanal.

A cada projeto aprovado gera no mínimo um emprego direto e de três a quatro indiretos, ou seja, além do próprio pescador, mantém as descascadeiras ou os tripulantes ou meeiros.

Num total podemos dizer que o Pronaf assegurou o emprego de 250 pessoas diretamente e de quase 1 mil indiretos, somente em Balneário Barra do Sul. Esse fato justifica porque a pesca artesanal é responsável pela maior parte da economia local.


  • Etapa 2: Educação, capacitação e profissionalização das famílias pesqueiras.
Nas ações de trabalho da Epagri sempre estiveram presentes cursos, palestras, oficinas, viajens técnicas e outras diversas atividades de capacitação. Essas atividades iniciaram com a abertura do escritório local, porém, de 2009 aos dias atuais, com a chegada do Projeto Cambira, foram certificadas mais de 200 pessoas da comunidade pesqueira, desenvolvido marcas, produtos e realizadas excursões. Como resultado tivemos a melhoria no processo de beneficiamento, embalagem e comercialização, agregando mais valor ao produto, e garantindo a segurança do consumidor. Temas como Educação Ambiental, Agregação de Valor e Cooperativimo são trabalhados de forma contínua.

  • Etapa 3: Organização coletiva através de iniciativas associativas e cooperativas.
Com a criação da Associação da Mulheres Trabalhadoras da Área Pesqueira Artesanal (Amupesc) no ano de 2007 e da Cooperativa de Pescadores Artesanais de Balneário Barra do Sul, em 2011, as famílias de pescadores artesanais começaram a fortalecer a atividade, percebendo que juntos podem alcançar o sucesso na atividade.

Todas essas etapas estão interligadas e tiveram grande importância para o desenvolvimento social, ambiental e economico do município. Como parceiros destacamos o Banco do Brasil, agência de Araquari, Prefeitura de Balneário Barra do Sul e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia/Campus Araquari.

Pescadores sendo atendidos no escritório da Epagri

Pescador Mazinho construindo o paneiro de sua
 embarcação que foi financiada pelo Pronaf

Carpinteiro naval Lucimar Alves, o "Nego", construindo
 a embarcação do pescador Alex Gardino

Acompanhamento dos projetos aprovados

Pescadores sendo atendidos pelo ténico da Epagri (2006)


Reunião com pescadores da Amupesc (2007)

Pescador Samoel Damásio "Samuca" e o técnico da Epagri, Eduardo Calcinoni

Otávio Vargas "Tavinho", com seu veículo financiado pelo Pronaf

Fátima, Cheila, Eduardo, Maria Helena e Marisete, no IFC/Araquari
participando de curso de processamento de pescados

Supervisões técnicas do Pronaf (2006)


Atendimento no escritório municipal da Epagri

Atendimento aos pescadores


Também damos um destaque para a maricultura, atividade complementar que está iniciando uma nova fase em Balneário Barra do Sul, e que, logo renderá bons frutos. São cinco área licenciadas, que somam cinco hectares de lâmina d'água, e que envolverão mais de 10 famílias.


Ostreicultura no Canal do Linguado (2009)


Pescadores concessionários de área aquícola no Canal do Linguado
com representante do Ministério da Pesca e Aquicultura
no escritório municipal da Epagri


Embarcação do pescador Israel Cunha "Lael", financiada pelo Pronaf,
sendo transportada pelas ruas de Balneário Barra do Sul 

D'ala Costa Pescados, empresa atendida pela extensão e
que hoje possui o Selo de Inspeção Estadual (S.I.E)

Dentro da etapa da infraestrutura damos destaque para os investimentos que atendem a parte de beneficiamento, armazenagem e comercialização.

Pescador Edicarlo Cunha com veículo financiado pelo Pronaf

Pescador José Vargas com embarcação financiada pelo Pronaf

José Vargas hoje pode comercializar seus produtos através do
 veículo financiado pelo Pronaf

Pescadores e produtor rural sendo assisitidos pela Epagri
O trabalho da extesão pesqueira permite um melhor acompanhamento do desenvolvimento dos projetos. Além de resultar na melhoria de qualidade de vida das famílias pesqueiras, também fortalece o compromisso com o pagamento das parcelas. O pescador artesanal hoje é reconhecido como profissional, e tem acesso aos demais tipos de serviços, seja de bancos, lojas, mercados e demais.

Reforma da embarcação de Israel Cunha

Embarcação do pescador Luiz Carlos Moreira "Caum",
 financiada pelo Pronaf (2007)


(2007)